Intolerância à lactose – O que é, sintomas, diagnóstico e tratamento
Você já deve ter ouvido falar de alguém que sofre com intolerância à lactose né?! Ou então até mesmo você tem esse distúrbio e nem sabe... Sim, isso é possível! Mas afinal, o que é intolerância à lactose e como saber seu diagnóstico?
Nesta matéria a Sleek Meal vai te mostrar o que é esse distúrbio, o que causa, quais os tipos, sintomas, diagnóstico e possíveis tratamentos. Então vamos lá!
O que é intolerância à lactose
A deficiência de lactase, conhecida como um distúrbio digestivo ou intolerância à lactose, acontece quando o intestino delgado não consegue produzir a enzima digestiva lactase, ou seja, é a incapacidade de digerir açúcar existente no leite e em outros produtos derivados do mesmo.
Ademais, é importante destacar que intolerância á lactose e alergia ao leite são problemas totalmente distintos. Conforme visto anteriormente, a intolerância é a dificuldade do processo de quebra da lactase, e seus sintomas são relativos a quantidade de leite ingerida. Já a alergia, é a resposta imediata do consumo, menor que seja, de leite ou derivado da vaca. Além disso, a reação imunológica dessa alergia pode ser mais grave, causando inchaço nos lábios, alteração na pele e no sistema respiratório, como tosse e falta de ar.

Causa e tipos de intolerância à lactose
Depois de saber o que é esse distúrbio digestivo, é importante saber que as causas variam de acordo com os tipos de intolerância. Então vamos conhecer os 3 tipos existentes:
· Deficiência congênita: acontece quando os bebês já nascem incapacitados de produzir lactase. Embora seja raro, é um processo genético, ou seja, é passado de geração em geração;
· Deficiência primária: é a forma mais comum das causas. Conforme o envelhecimento da pessoa, é normal que ocorra uma diminuição na produção de lactase e, assim, é possível levar ao quadro clínico de intolerância;
· Deficiência secundária: essa forma acontece quando a pessoa para de produzir lactase por causa de alguma doença intestinal (síndrome do intestino irritável, doença de Crohn, diarreia) ou por causa de alguma cirurgia.

Sintomas da intolerância à lactose
Os sintomas da intolerância á lactose geralmente aparecem depois de minutos ou horas do consumo de produtos lácteos.
Sendo assim, vamos conhecer alguns dos sintomas mais predominantes:
· Dor e inchaço abdominal;
· Cólicas;
· Diarreia;
· Excesso de gases;
· Náuseas;
· Dor de cabeça;
· Azia.
Além disso, é importante destacar que perda de peso e crescimento retardado são sintomas de bebês que portam esse distúrbio.
Diagnóstico de intolerância á lactose
Mas afinal, como saber se realmente tenho intolerância à lactose?
Depois de identificar alguns sintomas predominantes do distúrbio, é preciso procurar um médico e, assim, ele irá diagnosticar pedindo alguns exames específicos, como por exemplo:
· Teste de intolerância à lactose: o paciente deve tomar em jejum uma dose líquida rica em lactose e, após algumas horas, fazer o exame de sangue para verificar os níveis de glicose na corrente sanguínea. O resultado deve permanecer inalterado para os portadores desse distúrbio;
· Teste de hidrogênio: ocorre da mesma maneira do exame anterior. Após ingerir uma dose líquida rica em lactose, o médico irá analisar o nível de hidrogênio eliminado da expiração;
· Medidor de ácidos: é feito através de um exame de fezes, assim, sendo possível analisar o nível de acidez presente nas fezes.

Tratamento de intolerância à lactose
Conforme visto anteriormente, a intolerância à lactose é a incapacidade do intestino delgado de digerir lactase, sendo assim, não é uma doença, e sim um distúrbio.
Portanto, o primeiro passo recomendado é eliminar o consumo de leite e derivados da rotina alimentar e, consequentemente, os sintomas vão desaparecer. Após isso, é necessário descobrir a quantidade máxima de lactase que o seu organismo consegue suportar, então é preciso fazer uma análise com esses alimentos lácteos.
Além disso, atualmente existe a opção de ingerir cápsulas com lactase antes da refeição e, assim, será possível quebrar a lactase presente no alimento ingerido.
Contudo, é preciso ter um acompanhamento médico, pois esses cortes radicais de leite na rotina alimentar podem levar a graves deficiências nutricionais, como ausência de cálcio, vitamina D, proteína e riboflavina.
Ou seja, o recomendado é fazer uma dieta controlada e específica para o seu problema, conforme o seu nutricionista recomendar.

Fontes de referência: Veja Saúde, Drauzio Varella Uol, Minha Vida